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Novo portal de divulgação científica em saúde
A produção científica de 14 órgãos ligados à Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo será reunida na internet no Saúde-SP Portal de Revistas, lançado no mês de maio. Dentre os 14 órgãos, sete são de pesquisa (Adolfo Lutz, Butantan, Dante Pazzanese de Cardiologia, de Infectologia Emílio Ribas, de Saúde, Lauro de Souza Lima e Pasteur) e os demais são centros de vigilância epidemiológica, vigilância sanitária e outros. O portal oferecerá acesso a textos completos das coleções de periódicos, de modo a ampliar e divulgar o conhecimento técnico e científico produzido no âmbito da saúde pública no Estado de São Paulo.
A intenção dos organizadores do portal é reunir as 24 publicações, entre boletins e revistas, produzidas pelas instituições envolvidas. Os periódicos seguirão a metodologia da biblioteca científica eletrônica SciELO (Scientific Electronic Library On-line), criado em 1997. A rede só publica periódicos com veiculação regular, com controle de qualidade por revisão de pares e que concordem em manter seu conteúdo totalmente aberto e com acesso gratuito, além de permitir o acesso ágil às coleções de periódicos, com várias estratégias de pesquisa, como lista alfabética de títulos, busca por autor, por assuntos ou por palavras. Embora tenha como público-alvo pesquisadores, médicos e profissionais de saúde, o objetivo é abarcar os diferentes tipos de público, para que a informação sobre saúde seja útil a todos.
Para saber mais, acesse:
Estudos indicam que práticas de meditação podem auxiliar no tratamento da depressão
Estudos desenvolvidos por pesquisadores da Universidade Charles Drew e apresentados este mês na reunião anual da Sociedade de Medicina do Comportamento, em Seattle (EUA), indicaram que a meditação pode ter efeitos benéficos em pacientes com depressão.
A pesquisa foi realizada com dois grupos de particpantes. O primeiro estudo envolveu 80 homens afro-americanos que foram acompanhados pelo período de um ano. O segundo estudo teve duração de 9 meses e incluiu 53 homens e mulheres residentes no Havaí. Nos dois grupos, todos sujeitos tinham mais de 55 anos e apresentavam características que os enquadravam em um grupo com risco aumentado para desenvolver doenças cardiovasculares. A escolha do grupo foi justificada pelo fato de a depressão ser um agravante para o desenvolvimento destas doenças em pessoas que já apresentam alguma predisposição.
Os participantes que praticavam a meditação transcendental mostraram uma redução importante dos sintomas de depressão quando comparados com os sujeitos do grupo de controle.
Estes resultados apontam para a importância do investimento em técnicas alternativas ao uso de medicação psiquiátrica em pacientes com depressão ou outros transtornos de humor.
Adolescentes podem ficar dependentes fumando apenas um cigarro por mês
Os resultados de um estudo publicado este mês no períodico científico Pediatrics apontam que mesmo adolescentes que fumam quantidades muito pequenas de cigarro tendem a desenvolver dependência.
O estudo foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Massachusetts que acompanharam 370 adolescentes entre os anos de 2002 e 2006. Cada particpante foi submetido a 11 entrevistas que investigavam a frequência do consumo de cigarros e a presença de sintomas de dependência.
Durante o período, 62% relataram fumar ao menos uma vez por mês, 52% apresentaram sintomas de dependência e 40% tornaram-se fumantes diários. Foi possível identificar uma correlação entre a frequência do consumo e apresentação de sintomas de dependência na entrevista seguinte. Fumar no mínimo uma vez ao mês foi um fator de risco forte para o aparecimento de sintomas como grande desejo de fumar, seguido por sintomas de abstinência da nicotina e aumento da frequência de consumo de esporádica para diária.
Em entrevista à Folha de São Paulo, o pneumologista Sérgio Ricardo Santos, coordenador do PrevFumo (ambulatório de controle do tabagismo da Unifesp), apontou que enquanto o consumo está vinculado a festas e ao convívio com amigos, surgem sintomas mais tênues, mas que já que sugerem a instalação da dependência.
Leia, na íntegra, o artigo publicado na revista Pediatrics.
Ayahuasca, do uso seguro à “roleta-russa”
Os assassinatos do cartunista Glauco e de seu filho Raoni, ocorridos no mês de março e atribuídos a um dos integrantes da organização religiosa Céu de Maria, fundada pelo artista na década de 90, reacenderam o debate a respeito do uso da Ayahuasca, erva com que se produz o chá conhecido como Santo Daime, e de seus efeitos no organismo.
A erva é oriunda da Região Norte do Brasil, e hoje seu uso está difundido por todo o país, tendo sido disseminado pelos rituais de alguns segmentos religiosos, que sincretizam tanto pressupostos indígenas como os pertencentes a outras culturas, como a cristã, por exemplo. Os mais conhecidos são a Igreja do Santo Daime, a União do Vegetal e a Barquinha.
A ingestão do chá, entendida como sacramento nestas organizações, provoca alucinações em todas as modalidades de percepção, ou seja, visuais, olfativas, auditivas, gustativas e táteis. Em geral, os usuários descrevem alterações dos parâmetros básicos da experiência, como confusões em relação a identidade pessoal, a temporalidade e as características do mundo exterior. Os quadros alucinatórios, na maioria das vezes, duram apenas pelos momentos subsequentes ao uso. Como sintomas físicos, percebidos exteriormente, observam-se, às vezes, dilatação das pupilas, suor excessivo, taquicardia, náuseas e vômitos.
Como é característico das substâncias alucinógenas, é difícil que haja desenvolvimento de tolerância, ou seja, que a pessoa precise ingerir doses cada vez maiores para obter os mesmos efeitos encontrados no início do uso. Isso contribui para que não induzam dependência. Esses seriam argumentos favoráveis a manutenção do uso, no entanto, a grande preocupação que gira em torno da liberação e do incentivo ao consumo de substâncias alucinógenas como o Daime é a probabilidade que existe de que, ao ser tomada pela alucinação, a pessoa tome atitudes que em estado são não realizaria. A pessoa pode sentir-se, por exemplo, perseguida ou em perigo e na tentativa de defender-se causar danos a si mesma ou aos que a acompanham.
Outro perigo que o uso traz é o de desencadeamento de surtos psicóticos em pessoas que apresentam algum histórico ou propensão para estes quadros. Não só a DMT (substância psicoativa presente no Santo Daime) mas também outras substâncias, como a maconha, o LSD ou as metanfetaminas, podem aumentar a frequência das alucinações e acelerar o desenvolvimento de quadros psicóticos precedentes ao uso ou provocar as primeiras manifestações destes quadros.
Conclui-se assim, que o uso tanto pode ser inofensivo, quanto trazer consequências devastadoras, uma vez que as experiências vividas durante os surtos psicóticos deixam marcas afetivas ao indivíduo que as experimenta. Além disso, caso não seja contido a tempo, por meio de intervenções psiquiátricas, os surtos podem provocar lesões cerebrais e deixar sequelas físicas aos indivíduos.
A experimentação do Daime, como a de qualquer substãncia alucinógena, pode ser comparada a um jogo de “roleta-russa”, em que a consequência pode ser tanto nula, quanto fatal. Não é possível afirmar que foi o uso da substância durante o ritual que levou o estudante a exibir quadros de delírio e atirar contra o cartunista e seu filho sem motivo aparente, mas sabendo que o rapaz realizava tratamento psiquiátrico, pode-se inferir que o uso do chá, com certeza, em sua condição, era, de fato, não-recomendável.
Atualmente, no Brasil, o consumo do Daime em rituais religiosos é liberado, no entanto, é importante que as autoridades e os profissionais que trabalham com saúde mental estejam a par dos efeitos danosos que a ingestão da bebida pode trazer, colocando em risco, tanto aqueles que a consomem, como os que estão a sua volta.
Para saber mais:
(os artigos a seguir serviram de fontes para o texto acima)
CHÁ DO SANTO DAIME (AYAHUASCA)
Maconha: pode causar dependência química?
Existem muitos mitos em relação a maconha (Cannabis sativa), o que gera inúmeras dúvidas a respeito de seu uso. Uma delas, talvez a principal, consiste em saber se o uso de maconha causa ou não dependência química. As respostas a esta questão são controversas e acabam por servir de argumentos para as discussões, bastante polêmcias, a respeito da legalização da comercialização do produto.
Deste a década de 70, estudos indicam a maconha pode, sim, causar dependência. Pesquisadores concluiram que ela causa tolerância, ou seja, que o efeito obtido com uma mesma quantidade da droga diminui com o tempo de uso, fazendo com que a pessoa consuma cada vez mais quantidade da substância para obter o mesmo efeito. Também se evidenciou que usuários pesados, quando tiveram a droga retirada, exibiram sintomas de abstinência (suores, irritabilidade, ansiedade, alterações de sono ou apetite).
A tolerãncia e a abstinência são critérios utilizados para se considerar alguém dependente de uma substância, no entanto, nem todas as pessoas que experimentam a maconha se tornam dependentes. A quantidade e a frequência do uso podem contribuir para a dependência, mas cada organismo reage de forma peculiar. O grande problema é que é impossível prever quem se tornará dependente ou não.
Legalização
A evidência de que a maconha pode causar dependência e prejuízos neurológicos por seu uso constante e prolongado é o principal argumento daqueles que são contra a legalização da droga. Muitas pessoas, atualmente, estão em tratamento tentando abandonar o uso, e encontram dificuldades.
O tema gera bastante polêmica, mas em geral, o argumento usado por aqueles que defendem a legalização é que esta diminuiria o tráfico de drogas, e não exporia os usuários a situações de crime e violência. Com a legalização, o controle sobre o uso seria maior. Os que são contra a legalização, apesar de concordar com os prejuízos trazidos pelo tráfico, acreditam que a legalização provocaria um aumento da experimentação (como ocorre com drogas lícitas, como o álcool e o tabaco) e por conseqüência um aumento no número de pessoas que desenvolveriam a dependência.
O tema ainda não está esgotadoé cabe a cada um informar-se a fim de tirar suas próprias conclusões. Seguem abaixo duas sugestões breves de leitura a respeito da dependência de maconha e dos prós e contras de sua legalização.
Abuso e dependência da maconha – versão em pdf.
Deixe você também sua opinião sobre o assunto!
Nora Volkow fala sobre o uso de maconha e outras drogas em entrevista
Em entrevista fornecida a revista VEJA no final do mês de março, Nora Volkow, neurocientista mexicana, radicada nos Estados Unidos, apresentou sua opinião sobre os efeitos da maconha e de outras drogas como o DMT (princípio ativo do chá do Santo Daime), o tabaco e o álcool no cérebro humano.
Ela pesquisou, por meio de tomografias, as reações neurofisiológicas provocadas pelo uso de substâncias e suas relações com outros comportamentos compulsivos como os sintomas do Trantorno Obssessivo-Compulsivo (TOC) e do comer de forma excessiva que leva a obesidade. Os estudos na área ainda geram muitas divergências, mas a neurocientista é capaz de afirmar que, com exceção da cafeína, não existe droga que não possa induzir ao vício ou que não possua consequências tóxicas ao organismo.
Nora Volkow também falou sobre o tratamento da dependência de substâncias e sobre o uso de canibinóides no cuidado a outras desordens orgânicas, uma vez que estes têm se mostrado efetivos na diminuição dos efeitos colaterais da quimioterapia ou na prevenção aos casos de glaucoma.
A pesquisadora termina a entrevista com uma frase que marca sua posição a respeito do uso de substâncias psicoativas: “Nunca usei cocaína, maconha nem outro tipo de droga ilícita. Amo meu cérebro e nunca pensei em estragá-lo.” Confira a entrevista e deixe sua opinião sobre o tema.
III Congresso Nacional de Psicologia: Ciência e Profissão
O Fórum de Entidades Nacionais da Psicologia Brasileira, composto por 20 entidades da Psicologia, abriu inscrições para o III Congresso Nacional da Psicologia Ciência e Profissão, que acontecerá entre os dias 03 e 07 de setembro de 2010, na cidade de São Paulo.
O Congresso, em sua 3ª edição, busca constituir-se como um espaço para o diálogo entre as diversas áreas e formas de atuação dos psicólogos brasileiros, com o intuito de desenvolver e divulgar novos saberes e contribuir para a formação da identidade profissional do psicólogo no Brasil.
Maiores informações podem ser obtidas no site do evento.
Distimia: depressão ou mau-humor?
“A distimia é mais frequente em mulheres, mas atinge os homens também.
As pessoas distímicas tem uma maior chance de desenvolver quadros depressivos
e necessitam de tratamento para que tenham uma melhor qualidade de vida.”
Todos nós, dependendo do que aconteceu em nosso dia ou do momento pelo qual estamos passando, ficamos mau-humorados, irritados ou sem vontade de fazer as nossas atividades. No entanto, este mau-humor pode tornar-se um problema e nos trazer prejuízos quando ele se estende por um tempo tão longo a ponto de sermos considerados por nosos amigos, familiares e, por fim, por nós mesmos, como chatos, ranzinzas, desinteressantes ou mau-humorados.
Muitos de nós conhecemos alguém com essas características, o que muitos não sabem, no entanto, é que a pessoa que apresenta este tipo de comportamento pode estar desenvolvendo um transtorno psiquiátrico conhecido como distimia. A distimia é descrita como um quadro de humor deprimido (tristeza ou irritabilidade) que se estende por, no mínimo, dois anos. Devido ao caráter crônico, o diagnóstico nem sempre é fácil, primeiro porque é preciso que os sintomas perdurem até que se possa confirmar a presença do transtorno, e em segundo lugar, porque por conviver com as características por muito tempo a pessoa passa a considerar que “sempre foi assim” e não busca tratamento. Isto se agrava naqueles em que a distimia surge ainda na infância, o que não é comum – em geral, os primeiros sintomas aparecem na adolescência – mas pode acontecer. Nas crianças com humor irritado basta que os sintomas perdurem por um ano para que se faça o diagnóstico.
Além da tristeza ou irritabilidade constante, para que seja considerada distímica é preciso que a pessoa apresente pelos menos dois dos seguintes sintomas:
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alteração de apetite
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insônia ou sono excessivo
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cansaço (sem causa objetiva)
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baixa auto-estima
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dificuldade em tomar decisões ou em concentrar-se
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sentimentos de desesperança
Estes também são os sintomas presentes nos episódios depressivos maiores, uma vez que a distimia está relacionada a processos neurais próximos aos que induzem à depressão, no entanto, o distímico diferencia-se daquele que apresenta a depressão em sua forma mais tradicional pela cronicidade dos sintomas. Ao contrário do distímico, o depressivo apresenta episódios mais delimitados, ou seja, a pessoa não tem alterações significativas de humor durante boa parte de sua vida até que entra em depressão apresentando os sintomas descritos acima.
A pessoa com distimia também apresenta sentimentos de inadequação social, perda generalizada do interesse ou prazer por atividades geralmente prazerosas, retraimento social e sentimentos de culpa. Estes sintomas levam a uma diminuição da atividade, efetividade ou produtividade seja no âmbito pessoal ou do trabalho, o que termina por gerar sofrimento e prejuízos sociais e materiais.
A distimia é mais frequente em mulheres, mas atinge os homens também. As pessoas distímicas tem uma maior chance de desenvolver quadros depressivos (episódios depressivos maiores) e necessitam de tratamento para que tenham uma melhor qualidade de vida e evitem um agravamento de sua condição. O tratamento deve associar intervenções psiquiátricas e psicológicas. O uso de antidepressivos, receitados pelo psiquiatra, proporcionam melhor equilíbrio emocional e interrompem os sintomas que traziam incômodo para pessoa e para aqules que com ela conviviam. A psicoterapia é parte importante do tratamento porque, em geral, a distimia traz muitos prejuízos no campo das relações sociais e a pessoa precisa aprender a lidar com as consequências geradas pelos comportamentos apresentados por conta do transtorno.
Identificar e tratar a distimia fica mais fácil quando temos informação sobre o assunto, por isso, caso conheça pessoas que apresentam características que sugerem a presença desse transtorno, não deixe de procurar ajuda. A Clínica Tânia Houck conta com equipe especializada neste tipo de tratamento.
Para você que é profissional de saúde e quer saber mais sobre o tema, clique no link abaixo:
Distimia: características históricas e nosológicas e sua relação com o transtorno depressivo maior
Ingestão de reguladores de apetite diminui no Brasil
O relatório publicado pela Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (JIFE) em fevereiro de 2010 aponta que em 2009 houve, no Brasil, uma redução do consumo de inibidores de apetite, os chamados anoxerígenos.
O relatório, elaborado pelas Nações Unidas, teve como base dados sobre a venda de medicamentos controlados registrados pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilânaica Sanitária) entre 2005 e 2008. Os principais medicamentos tiveram queda importante de consumo. Em 2005 foram consumidas 8.992 toneladas de Femproporex, contra 3.675 em 2008, o que corresponde a uma redução de mais de 50%. Ainda mais significativa foi a queda no consumo de Anfepramona que, no mesmo período, sofreu uma redução de 25.400 toneladas para 7.486 toneladas de medicamentos vendidos.
A notícia é boa, uma vez que de 2006 a 2008 o Brasil foi apontado como o país em que mais se consumiam inibidores de apetite no mundo (veja reportagem sobre o relatório de 2008). O documento cita que atualmente os Estados Unidos enfrentam o principal problema em relação ao abuso de medicamentos prescritos: cerca de 8.2 milhões de pessoas usam medicações indevidas.
Acredita-se que a principal causa da redução do consumo destes medicamentos tenha sido a intensificação das regulamentações e da fiscalização em relação às receitas médicas. Com as novas medidas, implantadas pela ANVISA, tornou-se mais difícil obter remédios a partir de receitas médicas falsificadas.
Embora a regulamentação ajude, o ideal é que esta diminuição de consumo fosse devida a uma maior conscientização da população em relação aos trasntornos alimentares e à dependência de medicamentos, sejam eles anoxerígenos ou não. Infelizmente, apesar do assunto ter-se popularizado na mídia, ainda é grande o desconhecimento da população em geral sobre o tema e o apelo de campanhas publicitárias e programas de televisão que estimulam o emagrecimento continua favorecendo o desenvolvimento de trasntornos alimentares, como a anorexia e a bulimia.
A Reforma Psiquiátrica e as Novas Práticas em Saúde Mental
O Curso de Extensão Cultural, oferecido pelo Instituto Sedes Sapientiae, tem como objetivo instrumentalizar profissionais de saúde e estudantes para atuar nas redes de atenção em saúde mental. Para maiores infromações clique aqui.