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Estudo aponta que filhos de mulheres com transtorno bipolar podem ter mais chances de desenvolver psicopatologias

A Revista Brasileira de Psiquiatria publicou em seu último volume, os resultados de um estudo que teve como objetivo avaliar a ocorrência de psicopatologias em filhos de mulheres diagnosticadas com transtorno bipolar. Este é o primeiro estudo do tipo em toda a América Latina e seus resultados confirmaram aquilo que se apresenta na literatura internacional sobre o assunto.

Foram aplicadas escalas de avaliação da saúde mental (Kiddie Schedule for Affective Disorders and Schizophrenia present and lifetime version, Child Behavior Checklist e Youth Self-Report) em crianças e adolescentes com idades entre 6 e 18 anos. As crianças foram subdivididas em três grupos: filhos de mães com transtorno bipolar (n = 43),  filhos de mães com outros transtornos psiquiátricos leves ou moderados (n = 53) e filhos de mães sem nenhum diagnóstico psiquiátrico (n = 53). As mães também foram entrevistadas por meio do Structured Clinical Interview.

Os resultados indicaram que os filhos de mulheres que apresentavam transtorno bipolar tinham chances duas vezes maiores de ter um ou mais diagnósticos do Eixo I (desordens clínicas, incluindo as principais doenças mentais, como também desordens de desenvolvimento ou aprendizado) e quase três vezes maior risco de ter transtornos de ansiedade ao longo da vida do que os filhos de mulheres que não apresentavam nenhum transtorno mental. As crianças, filhas de mães com transtornos psiquiátricos apresentaram também maiores escores na subescala de problemas de pensamento do Child Behavior Checklist e nas subescalas de problemas sociais, ansiedade/depressão e problemas de internalização do Youth Self-Report.

O estudo foi conduzido por profissionais da Faculdade de Medicina da USP e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e  pode ser encontrado na íntegra em http://www.scielo.br/pdf/rbp/v31n3/a09v31n3.pdf.

A relação entre depressão e comportamento de fumar em pacientes cardíacos

cigarroA depressão é um fator de recaída no comportamento de fumar após a alta hospitalar entre fumantes que iniciaram abstinência em virtude de hospitalização por enfarto do miocárdio ou angina instável. Foi a conclusão de uma pesquisa, realizada na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em parceria com o Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da FMUSP.

O trabalho, intitulado “Fatores associados e preditivos da recaída no comportamento de fumar em pacientes com síndromes coronárias agudas”, é resultado do doutorado de Glória Heloise Perez, psicóloga chefe do InCor, e foi orientado pelo psiquiatra Ronaldo Laranjeira.

O estudo teve o objetivo de investigar, em pacientes hospitalizados com diagnóstico de síndromes coronárias agudas, se a depressão e outras características são fatores que permitem prever até que ponto os pacientes mantêm a abstinência de nicotina iniciada na hospitalização. Para isso, foram monitorados por seis meses após o período de internação 403 pacientes que apresentaram infarto ou angina instável. Observou-se que os pacientes deprimidos tiveram, proporcionalmente, mais chance de recaída do que os não deprimidos hospitalizados.

Os entrevistados ficaram, em média, oito dias hospitalizados e, consequentemente, foram obrigados a ficar sem fumar nesse período. A pesquisa aponta que houve uma abstinência de cerca de 60%, ou seja, menos da metade (40%) dos pacientes voltaram a fumar. O tempo da hospitalização foi considerado um fator que influencia a recaída dos pacientes: quanto menor a duração da internação, maior a chance de recaída.

Segundo a psicóloga do InCor, a relação entre depressão e o comportamento de fumar é muito complexa. Foram aplicadas duas escalas para avaliar a depressão. Uma para diagnóstico e outra para a intensidade do problema. Comparados com não-fumantes, os fumantes com síndrome coronariana aguda são jovens, mais propensos ao consumo de café e percebem menos o fumo como um fator de risco para doenças cardíacas.

Leia esta reportagem na íntegra em http://www.agencia.fapesp.br/materia/11182/especiais/recaida-por-depressao.htm

O processamento neural do medo: novas conclusões.

Um estudo desenvolvido no Laboratório de Neuroanatomia Funcional do ICB/USP, com apoio da FAPESP, demonstrou, a partir da indução de estímulos de medo em ratos, que o processamento neural de tipos diferentes de medo percorre caminhos distintos no cérebro.

A maior parte dos estudos atuais sugere que tanto medos institivos (aqueles dos quais depende a sobrevivência do indivíduo) quanto os medos aprendidos (adquiridos ao longo da vida) teriam o mesmo processamento neural.

Ao provocar nos animais estímulos de medos aprendidos e instintivos, os pesquisadores identificaram, no entanto, que o hipotálamo tem um papel complementar às amígdalas no que diz respeito ao processamento dos estímulos relacionados à sensação de perigo em relação aos “medos instintivos”. Os estudos anteriores apontavam que apenas a amígdala processava estes estímulos antes de enviá-los à matéria cinzenta.

Acredita-se que essa linha de pesquisa, após a realização de estudos comparativos com cérebros de seres humanos, pode levar a resultados que favoreçam um melhor entendimento de como se desenvolvem os quadros de estresse pós-traumático ou determinadas fobias.

Para saber mais acesse: http://www.agencia.fapesp.br

II Seminário de Reabilitação Neuropsicológica

9 e 10 de Novembro de 2009

ORGANIZAÇÃO:
Centro Paulista de Neuropsicologia (CPN) e UNIFESP

INSCRIÇÕES E INFORMAÇÕES:
www.reabilitacaoneuropsicologica.com

II Simpósio do GEPAV-SE – Grupo de Estudos e Pesquisa em Avaliação de Qualidade em Serviços de Saúde e Enfermagem

13 de novembro de 2009

Tema Central:
Gestão do conhecimento como estratégia da qualidade: impacto na prática assistencial

Objetivo
Promover a troca de experiências entre os Grupos de Pesquisas, propiciando momentos de reflexão do impacto da gestão do conhecimento na melhoria contínua da qualidade nos serviços de saúde e de enfermagem.

Local:
Departamento de Enfermagem – UNIFESP
Rua Napoleão de Barros, nº 754

Público Alvo:
Pesquisadores, Profissionais e Estudantes que atuam na área de saúde e de enfermagem que têm interesse em Avaliação de Qualidade.

INSCRIÇÕES E INFORMAÇÕES:
http://proex.epm.br/eventos09/gepav/index.htm

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