O processamento neural do medo: novas conclusões.
Um estudo desenvolvido no Laboratório de Neuroanatomia Funcional do ICB/USP, com apoio da FAPESP, demonstrou, a partir da indução de estímulos de medo em ratos, que o processamento neural de tipos diferentes de medo percorre caminhos distintos no cérebro.
A maior parte dos estudos atuais sugere que tanto medos institivos (aqueles dos quais depende a sobrevivência do indivíduo) quanto os medos aprendidos (adquiridos ao longo da vida) teriam o mesmo processamento neural.
Ao provocar nos animais estímulos de medos aprendidos e instintivos, os pesquisadores identificaram, no entanto, que o hipotálamo tem um papel complementar às amígdalas no que diz respeito ao processamento dos estímulos relacionados à sensação de perigo em relação aos “medos instintivos”. Os estudos anteriores apontavam que apenas a amígdala processava estes estímulos antes de enviá-los à matéria cinzenta.
Acredita-se que essa linha de pesquisa, após a realização de estudos comparativos com cérebros de seres humanos, pode levar a resultados que favoreçam um melhor entendimento de como se desenvolvem os quadros de estresse pós-traumático ou determinadas fobias.
Para saber mais acesse: http://www.agencia.fapesp.br