Peixe Grande e suas histórias maravilhosas (Tim Burton, 2003)

“Um homem conta suas histórias tantas vezes
que ele se mistura a elas e elas sobrevivem a ele,
e é desse jeito que ele se torna imortal”.

O lançamento recente de um novo filme de Tim Burton (“Alice no país das maravilhas”), nos convida a relembrar um grande sucesso desse diretor: “Peixe Grande e suas histórias maravilhosas”. O filme, não teve a repercussão esperada nas bilheterias de cinema, mas muitos dos que assistiram, afirmam que é um filme capaz de balançar  nossa forma de olhar para as relações entre realidade e ficção.

“Peixe Grande” é uma história a respeito das histórias que contamos sobre nós. O protagonista do filme acha que nunca soube realmente nada sobre o passado de seu pai, pois as histórias que ele contava sobre si mesmo, eram fantasiosas… Mas não estaria a ficção, repleta de realidade? E mais, não estaria aquilo que contamos acreditando ser descrito do modo mais fiel ao que nos aconteceu, recheado de ficção?

Os homens são seres ficcionais, são dotados da capacidade de imaginar. As histórias que contamos sobre nós são as histórias de nossas experiências e só podem ser comunicadas aos outros se permitirmos que elas saiam de nossas bocas coloridas com as imagens que carregamos há muito tempo. História sem ficção é história sem cor, sem sabor, não transmite experîência, mas apenas um amontoado de informações. O convite que fica não é para mentirmos, nem inventarmos afirmações absurdas, mas para descobrirmos o que a de belo e de poético no passado de que fizemos parte.

Vale a pena assitir e depois olhar para a nossa própria história e para a forma como temos nos narrado aos demais. Será que nos relatamos apenas como uma série de fatos e números que se seguem uns aos outros ou prestamos atenção à aventura de que fazemos parte?

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