Assista aqui: “O Perigo da História Única” (2009)
“A consequência da história única é isto: rouba as pessoas da sua dignidade. Torna o reconhecimento da nossa humanidade partilhada difícil. Enfatiza o quanto somos diferentes em vez do quanto somos semelhantes.”
(Chimamanda Adichie)
O vídeo acima traz uma palestra proferida em julho de 2009 pela escritora nigeriana Chimamanda Adichie. A autora fala sobre o perigo de conhecermos apenas uma versão sobre a história de um lugar. Conhecer apenas uma história sobre uma cultura ou pessoa é o que alimenta os preconceitos sobre as etnias ou sobre os indíviduos.
Ela cita vários exemplos de sua própria história em que sentiu o efeito de conhecerem apenas uma história sobre a África, em que se enfatizam as catástrofes que assolam o continente e não se ressaltam as diferenças entre cada país africano e as características positivas do povo, da cultura e da economia do continente. Chimamanda aponta que a “história única” produz estereótipos e embora os estes nem sempre sejam mentirosos, eles são “incompletos”: tendem a colocar uma lupa sobre as diferenças entre as pessoas de culturas diferentes, enquanto as semelhanças, que talvez sejam muito maiores, ficam invisíveis.
A escritora fala sobre o efeito da “história única” para a etnia, mas podemos ampliar a sua fala para toda forma de preconceito. O preconeceito surge, geralmente, quando não nos permitimos fazer experiências com as pessoas e definimos quem elas são apenas a partir das histórias que ouvimos sobre sua etnia, seu estilo, seu gênero, sua faixa etária, etc.
O apelo de Chimamanda é de que procuremos ouvir mais histórias sobre as pessoas e culturas e não nos contentemos com o que nos conta a mídia ou o jornal. Cada um é uma história que está sendo contada. Ouçamos primeiro, antes de tirarmos conclusões.
(Atenção: Clique em View Subtitles – abaixo do vídeo – para ver as legendas do texto.)