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SESC Pompeia    
25/02 a 03/04.
Sextas e sábados, às 21h; domingos, às 19h. Exceção dos dias 05 e 06/03 em razão do carnaval. 
  
 
Lixo e Purpurina é um espetáculo sobre descobertas, solidão e dor. Baseada em obra homônima e no texto Anotações sobre o amor urbano, ambos do escritor gaúcho Caio Fernando Abreu (1948 – 1996), a peça proporciona a busca pelo autoconhecimento com a história de um jovem e suas experiências em terras estrangeiras. Nos anos 70s, Caio F. se exilou em Londres, onde se deparou com dificuldades de adaptação a um novo espaço e uma nova língua. A sensação de estrangeirismo em todos os sentidos, a precariedade, em decorrência da falta de dinheiro, além de sentimentos ambíguos e saudosos do Brasil, da família e dos amores do passado, do presente e possivelmente do futuro, pontuaram o tempo que o escritor esteve fora do Brasil. Foi a partir dessa necessidade de comunicação que ele escreveu um diário, mistura de ficção e realidade, como afirmou o próprio autor. A problemática das relações humanas e o enfretamento da solidão são temas recorrentes em Lixo e Purpurina e em toda literatura deste grande autor, um dos principais nomes da geração de contistas brasileiros das décadas de 70 e 80. O texto base para a adaptação se passa nos anos 70s, mas a encenação dialoga tanto com aquela época como com a atual. O jovem retratado na peça vive em estado de mudança constante, apresentando ao público um painel de transformação, amadurecimento e inquietações atemporais.

Espaço Cênico. Texto: Caio Fernando Abreu. Direção: Chico Ribas. Elenco: Davi Kinski. Adaptação e dramaturgia: Kiko Rieser. Assistente de Direção: Rodrigo Ferraz. Iluminação: Roberto Bueno Mendes.

Fonte: Sesc

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